No dia de 25 de Abril de 1974, em Moçambique, Lúcia Gonçalves:“Às 2h da tarde fiz um exame de análise infinitesimal na faculdade de economia de Lourenço Marques actual Maputo. Só ao fim do dia as autoridades anunciavam que tinha Havido uma sublevação em Lisboa e que estava tudo sob controlo, mas as pessoas comentavam em segredo que tinha havido um golpe de estado, no dia a seguir já não houve aulas e começou a viver uma incerteza.”No dia de 25 de Abril de 1974,em Moçambique, Manuel Afonso:“No dia 24 de Abril pelas 22 horas em Nampula, estava a preparar-me para ir ao cinema com os meus colegas militares. Cerca das 22:30 quando se estava a decorrer o filme, foi interrompido, para anunciar a todos os militares que se encontravam naquela sala, para regressarem ás unidades militares o mais rápido possível, porque estava a acontecer um golpe de estado em Lisboa, no qual nessa noite ficámos em prevenção ouvindo minuto a minuto a rádio, e o que se ouvia era que as ruas de Lisboa escorriam sangue palas valetas. Antes do 25 de Abril nunca tinha utilizado nenhuma arma militar, a partir do 25 de Abril andei sempre armado até ao dia 21 de Setembro de 1974 (dia que acabei o meu serviço militar).”
Figura 2 – o meu tio Manuel Afonso, em Nampula.
Figura 1 – o meu tio na caserna, vestido com a farda.
Tânia Bento
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