O meu pai tinha 11 anos, quando foi o 25 de Abril.Ele lembra-se de ouvir as pessoas a falarem, no meio das ruas, que tinha havido uma revolução em Lisboa. As pessoas iam a correr para as suas casas ou para os cafés, para ouvirem as notícias, no rádio a pilhas e na televisão, que só ligavam às vezes, porque era a gerador e não havia muita electricidade que aguentasse a energia que era precisa para a televisão.Ouviam-se as pessoas a gritarem “Liberdade”.No dia seguinte, as tropas percorreram as aldeias com os carros blindados. Era uma fila de carros de combate e o meu pai e os seus colegas iam a correr para ver.Ao fim de alguns dias, ouviam-se pessoas a cantar as músicas do Zeca Afonso e a tocar no rádio várias músicas dele.
Ana Gonçalves
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