No dia de 25 de Abril de 1974, em Moçambique, Lúcia Gonçalves:“Às 2h da tarde fiz um exame de análise infinitesimal na faculdade de economia de Lourenço Marques actual Maputo. Só ao fim do dia as autoridades anunciavam que tinha Havido uma sublevação em Lisboa e que estava tudo sob controlo, mas as pessoas comentavam em segredo que tinha havido um golpe de estado, no dia a seguir já não houve aulas e começou a viver uma incerteza.”No dia de 25 de Abril de 1974,em Moçambique, Manuel Afonso:“No dia 24 de Abril pelas 22 horas em Nampula, estava a preparar-me para ir ao cinema com os meus colegas militares. Cerca das 22:30 quando se estava a decorrer o filme, foi interrompido, para anunciar a todos os militares que se encontravam naquela sala, para regressarem ás unidades militares o mais rápido possível, porque estava a acontecer um golpe de estado em Lisboa, no qual nessa noite ficámos em prevenção ouvindo minuto a minuto a rádio, e o que se ouvia era que as ruas de Lisboa escorriam sangue palas valetas. Antes do 25 de Abril nunca tinha utilizado nenhuma arma militar, a partir do 25 de Abril andei sempre armado até ao dia 21 de Setembro de 1974 (dia que acabei o meu serviço militar).”
Figura 2 – o meu tio Manuel Afonso, em Nampula.
Figura 1 – o meu tio na caserna, vestido com a farda.
Tânia Bento
terça-feira, 9 de junho de 2009
O meu pós 25 de Abril
O meu primeiro nome é Maria e o último Brás. Nasci há 57 anos, no do Couto Mineiro da Panasqueira, do concelho da Covilhã. Era uma aldeia onde as diferenças eram muitas e bastante acentuadas. Havia bairros para mineiros, bairros para engenheiros, bairros para empregados de escritório. Alguns bairros tinham cancelas para que só pudesse entrar, ou passar, quem os moradores do bairro permitissem. Havia famílias que ainda dividiam sardinhas, de modo a que uma sardinha dar para duas pessoas.Na sede de freguesia, Cebola, trabalhava-se ainda de sol a sol. As pessoas saíam do povo ainda de noite e só voltavam ao toque das Avé-Marias. Trabalhava-se muito, para angariar o sustento. O trabalho do campo era, na maioria, feito por mulheres. Os homens trabalhavam na Mina.Foram tempos que colocaram muitas interrogações ao meu espírito e poucas ou nenhumas respostas me davam. Não havia liberdade para as obter. Certas perguntas eram perigosas. Porque é que as Minas eram inglesas e não eram “nossas”? Porque é que havia aquela diferença nas casas dos bairros da Panasqueira?Só quando aconteceu o 25 de Abril é que fui encontrando as respostas. Foi a oportunidade de encontrar respostas às minhas perguntas, de pensar pela minha cabeça e de participar na vida do nosso povo e do nosso país. Foi uma época que me marcou muito.As manifestações em que participei, pelo direito ao voto aos 18 anos. Éramos milhares e milhares de jovens, enchendo as ruas a exigindo o voto aos 18 anos e gritando pela Paz, pelo Pão e pela Liberdade.A Liberdade Sindical. A criação dos Sindicatos dos Trabalhadores da Função Pública. Antes do 25 de Abril, os trabalhadores do Estado não tinham direito a um Sindicato. Era proibido.Logo a seguir, criaram-se as Comissões pró-sindicais, que tinham como objectivo criar as condições para a realização de eleições para a constituição dos Sindicatos.Na altura em que comecei a trabalhar na Função Pública, ainda se trabalhava ao sábado. Fazíamos 40 horas por semana, na minha categoria, porque havia trabalhadores a fazer 44 horas. Esta situação gerou a primeira luta que tivemos, mesmo antes de existir o sindicato, foi pela redução do horário de trabalho. Começámos por ir metade do pessoal um sábado e a outra metade no outro sábado e assim consecutivamente. Como não havia resposta por parte dos governantes, deixámos de ir trabalhar ao sábado. Ficou o pessoal auxiliar a fazer 40 horas e o outro, técnico e administrativo, a fazer 36 horas semanais. Actualmente todos os trabalhadores da Função Pública fazem 35 horas semanais. Seguiram-se outras lutas, como a criação de carreiras profissionais; luta por melhores condições de trabalho.O que aprendi nesta fase? Que temos de lutar pelos nossos objectivos, neste caso sindicais. Sem luta, sem trabalho, nada conseguimos.Mais experiência haveria para contar… deixo parte do que foram os meus primeiros anos após o 25 de Abril.
Manifestação pelas carreiras
Protesto geral, função pública.
Andreia Lopes
Primeiro 1 de Maio pós o 25 de Abril , em Lisboa.
Manifestação pelas carreiras
Protesto geral, função pública.
Andreia Lopes
O 25 de Abril do meu tio-avô
Chamo-me Joaquim Marques Castanho, tenho 82 anos e nasci a Fevereiro de 1927. Sou reformado da GNR e recordo o dia 25 de Abril de 1974 como um dia importante.Com 47 anos, soldado no Quartel do Carmo, vi este invadido. Durante três dias, ali, sem podermos falar com a nossa família, com medo que puséssemos em causa o Estado. Eram mulheres, filhos e familiares, numa mágoa enorme, com a inexistência de sequer uma palavra a dizer, sim está tudo bem. Não demorou a chegar o dia em que se punha fim a esta guerra.As tropas terrestres, mandadas pelo Sr. Capitão Salgueiro Maia, postas em posição de ataque, com o fim de acabar com uma ditadura que já tinha feito demasiados estragos. A ordem foi dada pelo Sr. Capitão Salgueiro Maia e disse: “Vou entrar e falar com o Sr. Presidente”.Ele entrou. Seguindo ordens, os revoltados começaram o ataque. Nós pouco podíamos fazer, éramos menos. O ataque começou de surpresa e só tive tempo de me esconder por detrás da obreira de uma porta, sempre com a incerteza de vir a sair dali vivo. Foi tudo tão rápido! A luta cessou, quando o Sr. Capitão Salgueiro Maia apareceu numa das janelas do quartel, de braços no ar. O Sr. Presidente do Conselho havia sido derrotado. Quando a chaimite foi chamada para levarem o Sr. Presidente e alguns superiores até Monsanto, no largo do Carmo havia imensa gente desejosa de por fim à ditadura.
O largo do Carmo, no dia 25 de Abril de 1974.
Chaimites a caminho do Quartel do Carmo.
Chaimite a entrar no Quartel do Carmo, para retirar os governantes.
Andreia Lopes
O largo do Carmo, no dia 25 de Abril de 1974.
Chaimites a caminho do Quartel do Carmo.
Chaimite a entrar no Quartel do Carmo, para retirar os governantes.
Andreia Lopes
O 25 de Abril de 1974
A minha mãe, Maria Ivone Sanches Martins Robalo, de 12 anos, na altura em que se deu o 25 de Abril de 1974, relatou-me um pouco de como foi esse dia.“Os meus pais não me deixaram sair da rua onde morava, andava tudo com medo e, como só tinha 12 anos, fiquei impossibilitada de sair de ao pé de casa. Vi muitas pessoas a correr e a falarem no assunto. Avistei muitos soldados. No fim, pelo que me recordo, ouviram-se tiros e então chamaram-me para dentro de casa. Quando fui para a janela, vi muitos canhões e carros da tropa, atrás deles vinham os soldados de espingardas na mão e com os cravos na ponta. Pelo que ouvi, a partir desse dia passou a ter-se uma liberdade diferente da anterior. Não me recordo muito deste dia, devido a ter apenas a idade que tinha quando se sucedeu.”
A minha mãe, na altura do 25 de Abril de 1974
Cristiana Robalo
A minha mãe, na altura do 25 de Abril de 1974
Cristiana Robalo
Lembranças do meu pai sobre o 25 de Abril
O meu pai tinha 11 anos, quando foi o 25 de Abril.Ele lembra-se de ouvir as pessoas a falarem, no meio das ruas, que tinha havido uma revolução em Lisboa. As pessoas iam a correr para as suas casas ou para os cafés, para ouvirem as notícias, no rádio a pilhas e na televisão, que só ligavam às vezes, porque era a gerador e não havia muita electricidade que aguentasse a energia que era precisa para a televisão.Ouviam-se as pessoas a gritarem “Liberdade”.No dia seguinte, as tropas percorreram as aldeias com os carros blindados. Era uma fila de carros de combate e o meu pai e os seus colegas iam a correr para ver.Ao fim de alguns dias, ouviam-se pessoas a cantar as músicas do Zeca Afonso e a tocar no rádio várias músicas dele.
Ana Gonçalves
Ana Gonçalves
As memórias do 25 de Abril
Para começar, quero agradecer à minha mãe por me ter auxiliado neste trabalho, tendo aceite responder a algumas perguntas sobre esta data tão importante.Inês: Que idade tinhas quando foi o 25 de Abril?Mãe: Tinha 12 anos.Inês: Como soubeste da notícia e o que significou para ti?Mãe: Como gostava muito de música, costumava ouvir rádio. Naquele dia, ouvi na rádio que tinha havido um golpe de estado e que as tropas tinham saído à rua, trazendo a liberdade às pessoas. Como criança que era, não sabia ao certo o que se estava a passar, mas saí a correr do meu quarto para ir contar aos meus pais – senti que algo de muito importante tinha acontecido.Passámos o dia a ouvir rádio. As canções que passavam pareciam que tinham um significado especial, tanta era a alegria dos meus pais e amigos!Andava no 7.º ano, e lembro-me de terem passado militares na escola a distribuir auto-colantes com símbolos do “M.F.A” (Movimento das Forças Armadas).Nalguns deles (e hei-de me lembrar para sempre) estava uma criança, ainda muito pequena, a colocar um cravo na ponta de uma espingarda.Inês: Decorridos estes anos todos, continuas a achar que foi importante?Mãe: Sim, muito. Sou daquelas pessoas que acha que o 25 de Abril deve ser comemorado todos os anos, com cerimónias oficias, com palestras nas escolas, com programas de televisão, etc. Há uma tendência muito grande para as pessoas se esquecerem e se acomodarem.Antes do 25 de Abril não havia liberdade de expressão nem de pensamento. Havia a polícia política, o “lápis azul” e a perseguição das pessoas que não gostavam de “comer e calar”: Quem se manifestasse contra o poder era apelido de comunista e preso de imediato.Inês: Conheceste alguém que sofreu às mãos da polícia de então (PIDE)?Mãe: Sim. Um senhor que foi meu vizinho esteve preso, mas conseguiu fugir de uma das prisões existentes no nosso país para presos políticos (penso que de Caxias).Foi de comboio, para França. Contava ele que, durante essa viagem, ele e os companheiros, desesperados, até chuparam carvão para se alimentarem. Depois do 25 de Abril, voltou e as histórias que tinha para contar eram muitas e muito tristes. Uma das histórias que eu escutava com atenção era a forma como as pessoas eram torturadas. Os presos passavam dias e dias sem os deixarem dormir. Era a tortura do sono, acabando, por vezes, por confessar crimes que não eram os deles!Inês: Achas que as pessoas hoje sabem respeitar a liberdade que foi conquistada?Mãe: Como muitos já nasceram num país livre, confundem muitas vezes liberdade com falta de respeito pelos outros. Para mim, ser livre é precisamente o contrário, para mim ser livre é ter responsabilidade de pensar, de discordar e de respeitar os outros.Ser livre, não é ser livre de dizer o que nos vem à cabeça, por vezes ofendendo os outros.Quando há eleições, penso que todos deverão participar, pois esse foi um dos principais direitos que conquistámos: escolher quem nos deve governar!Inês: Para concluir, gostava que referisses quais as conquistas de Abril que achas mais importantes.Mãe: Poder falar livremente, ter acesso à informação (a livros, jornais...). É bom pensar que não está ninguém à escuta! É bom saber que todos temos oportunidades iguais, como, por exemplo, no acesso ao ensino.Antigamente, só os ricos é que podiam estudar. Os pobres, mesmo sendo inteligentes, tinham que continuar a trabalhar, na ignorância.
Inês Girão
Antes do 25 de Abril
Neste trabalho vou falar sobre como era a vida antes do 25 de Abril, relatada por uma pessoa da minha família que teve a horrível experiência de viver nessa época.Era impossível dizer o que se pensava, sob pena de prisão, por tudo e por nada se era preso. A liberdade de expressão era inexistente, tudo o que era notícia estava sujeito á censura. Havia a PIDE que tinha vários informadores (chamados os bufos), para informarem quem era contra o regime. Os seus governantes auto elegiam-se, as eleições eram fictícias e fabricadas por eles para se manterem no poder. Deu-se o assalto ao barco de Santa Maria com cerca de 612 passageiros e 350 tripulantes, em 19/1/1961 pelos rebeldes ibéricos. Entretanto rebentou a guerra nas províncias ultramarinas em Março do mesmo ano. Os vários grupos contra o regime da colonização fizeram muitos mortos nas nossas tropas e só o 25 de Abril trouxe a liberdade e a independência para os povos ultramarinos (Angola, Moçambique, são Tomé, Guiné e cabo verde).
Os trabalhadores faziam no mínimo 8 horas e chegavam ás 12 por dia de trabalho sem qualquer remuneração adicional. Não pagavam horas extraordinárias e as ferias eram privilégio de poucos.Os ordenados eram baixos e a vida muito difícil, em muitos lares a alimentação era á base de feijão, batata e pouco mais.Os alunos nas escolas eram sujeitos a uma disciplina rigorosa. Ao mínimo sinal de irreverência era logo rua ou suspensão. Liberdade? Namoro na adolescência? Nem pensar! …Enfim, vivia-se num regime de ditadura, coisa que hoje seria impensável para quem não viveu. Depois … bem, depois deu-se o 25 de Abril e tudo mudou.Passou a viver-se em democracia (governo do povo).
Mariana Lisboa
Os trabalhadores faziam no mínimo 8 horas e chegavam ás 12 por dia de trabalho sem qualquer remuneração adicional. Não pagavam horas extraordinárias e as ferias eram privilégio de poucos.Os ordenados eram baixos e a vida muito difícil, em muitos lares a alimentação era á base de feijão, batata e pouco mais.Os alunos nas escolas eram sujeitos a uma disciplina rigorosa. Ao mínimo sinal de irreverência era logo rua ou suspensão. Liberdade? Namoro na adolescência? Nem pensar! …Enfim, vivia-se num regime de ditadura, coisa que hoje seria impensável para quem não viveu. Depois … bem, depois deu-se o 25 de Abril e tudo mudou.Passou a viver-se em democracia (governo do povo).
Mariana Lisboa
A vida do meu pai antes e após o 25 de Abril
Os meus avós
O meu pai, na Escola Primária
Em 1954, os meus avós deslocaram-se para a aldeia de Cebolais de Baixo, à procura de uma vida melhor, sem ser na agricultura e na criação de animais, que tinham em Malpica, de onde eram naturais.Conta-me o meu pai que, nos Cebolais, alugaram uma casa que tinha um forno, onde a minha avó cozia o pão que vinha vender a Castelo Branco.Em 1963, o meu pai deu inicio à Escola Primária, ainda nos Cebolais, onde frequentou a primeira, segunda e terceira classes. Conta que o diálogo entre professor e alunos eram bastante mais respeitoso, sendo os alunos punidos com uma reguada e varadas dadas, com uma vara de marmeleiro, nas orelhas, a quem não respeitasse o professor.Na escola, à entrada para a sala de aula, era obrigatório ter vestido uma bata branca uniformemente para todos os alunos.Acabada a terceira classe, os meus avós voltaram para Malpica do Tejo. Notava que havia diferenças sociais entre os mais pobres, que trabalhavam de sol a sol, e as pessoas das classes média e alta.Ouvia falar no regime e as pessoas com medo elogiavam-no, por obrigação e devido a graves consequências de desaparecimentos ou até mesmo mortes.Lá na aldeia, desapareciam pessoas, geralmente homens, e nunca mais ninguém soube do seu paradeiro, suspeitando-se terem sido mortos ou levados pela PIDE.Em 1966, realizou, em Castelo Branco, um exame escrito e oral, tendo sido aprovado em ambas as provas, concluindo a 4.ª classe.Até 1967, frequentou a quinta e sexta classe. Depois, com 12 anos e com a sexta classe concluída, veio sozinho para Castelo Branco. Cá, começou a trabalhar numa drogaria, foi caixeiro durante 4 anos. Tendo o seu trabalho diurno, ainda estudava de noite. Tirou um Curso Geral de Mecânica, na Escola Industrial e Comercial de Castelo Branco. Em 1973, mudou de emprego, para uma oficina de venda e consertos de motorizadas e bicicletas.Embora não percebesse muito de política, sabia que não podia invocar o nome das figuras do estado.No dia 25 de Abril de 1974, ao chegar ao local de trabalho, ouviu insistentemente a frase pronunciada pelo locutor da rádio: “Pede-se à população que se mantenha calma. Assim que a situação esteja regularizada ou existam novas informações, a população será informada.” Havia uma música de fundo, que era interrompida para repetir sempre a mesma frase.Como estudante nocturno que era, foi para as aulas. Pelo sucedido, professores e alunos foram dispensados.Nos dias seguintes, só se ouvia falar no golpe de estado, em que se apregoava a liberdade.Na cidade havia movimentos militares, com viaturas pertencentes ao Exército, que tomavam conta das ocorrências, substituindo as forças policiais. O povo obedecia e elogiava.Essa revolução veio findar o regime de Salazar (fascismo) dando abertura a certas regalias sociais, entre as quais eleições livres, reformas, subsídios e assistências de vária ordem à população.Uma das alterações feitas pelo novo regime foi a entrega das colónias portuguesas aos naturais, tendo cessado o envio de militares, no ano de 1975.Em 1978, ingressou no serviço militar obrigatório, tendo terminado, após 16 meses, com a graduação de Cabo de Infantaria.
Ana Rita Nunes Correia
A vida antes do 25 de Abril
A minha avó materna, com o nome de Maria Madalena Mendes Sanches, relatou-me um pouco da sua vida antes do 25 de Abril de 1974.Começou por me dizer que, antes dessa data, a vida era muito difícil. Não havia liberdade nenhuma, ou melhor, que as mulheres daquela época tinham muito menos liberdade que os homens. Explicou-me que, na questão da política, só os ricos é que podiam votar.Também me disse que, em relação à alimentação, não era como agora. “Comia o que havia, o que não havia não comia.”, disse-me ela. Nos tempos livres, “Ia lavar a roupa para a Granja, com os filhos todos atrás.” ou então ficava em casa, a fazer as lidas domésticas. Relatou-me que, naquela época, não havia muitos transportes e que, para onde se quisesse ir, teria de se ir a pé.Acabou por me dizer que a vida depois daquele ano ficou muito melhor e que não tem comparação com o que é agora.
A minha avó depois do 25 de Abril.
Cristiana Robalo
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